Mulher deitada em uma cama, usando um óculos especiais para cegos, segurando seu bebê recém-nascido no colo

Óculos eletrônico permite à mulher cega ver seu filho recém-nascido

22/04/2016 Deficiência Visual, Histórias de vida, Notícias 0
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Óculos eletrônico permite à mulher cega ver seu filho recém-nascido
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Mulher sentada no chão, usando um óculos especial, segura um livro que lê para seu bebê, deitado a sua frente. Ao fundo, um sofá e uma mesinha

Kathy Beitz usa os óculos eSight para ler para seu bebê Aksel, tarefa antes impossível

A canadense de Ontário Kathy Beitz é cega, portadora, desde os onze anos, da doença de Stargardt, uma doença genética recessiva autosomática associada à degeneração macular juvenil que causa perda de visão progressiva. Pessoas afetadas por esta doença sofrem de sensibilidade à luz forte, mesmo em dias nebulosos. À medida que a doença progride, pode causar dores fortes e diminuição da visão. Os sintomas costumam aparecer antes dos vinte anos e incluem visão ondulada, zonas cegas no campo de visão, visão turva e dificuldade de adaptação à luz enfraquecida. Para saber mais, acesse aqui. Atualmente, com 29, ela tem alguma visão periférica, mas desenvolveu um ponto cego no centro de seu campo de visão e, por isso, é considerada legalmente cega.

Por tudo isso, a ideia de poder enxergar seu filho Aksel, nascido no final de 2015, era um sonho muito distante. Contudo, com a ajuda do óculos eletrônico eSight, ela pôde ver seu bebê logo após o parto. “É impressionante que o primeiro bebê que eu tenha visto seja o meu próprio filho”, comemora. “No momento em que coloquei os óculos, eu estava totalmente pronta para fazê-lo. Consegui ver que ele tem os pés e dedinhos do meu marido e meus lábios. Meu marido e eu tivemos a experiência de olhar para nosso bebezinho, criar laços com ele e nos apaixonarmos”, afirmou.

Os óculos eSight, desenvolvido pela empresa de mesmo nome, no Canadá, está revolucionando a vida de pessoas com baixa visão, portadoras, em estágio inicial ou intermediário, de doenças como retinose pigmentar, glaucoma, entre outras. À primeira vista, o conceito parece simples. O objeto consiste em duas partes: os óculos, providos de uma câmera que capta as imagens, e um aparelho com um processamento de dados em algoritmo avançado, que recria a imagem captada pela câmera, customizando-a e tornando-a visível para as pessoas com baixa visão enxergarem. Conectados por um fio, a imagem recriada no aparelho retorna aos óculos, sendo exibida no interior das lentes LCD, como em um binóculo. A imagem ainda pode ser ajustada no zoom, contraste e brilho, tornando a experiência única.

Por contar com alta tecnologia e recursos de última geração, além de ter um design que possibilita ao usuário manter as duas mãos livres, o custo é alto. O preço para se obter um exemplar gira em torno de US$ 15,000, tornando inviável para muitas das pessoas que sofrem de baixa visão. Porém, a empresa assumiu uma postura de parceira na compra do produto, oferecendo em seu site um portal de doações, facilitando a compra dos óculos. O alto preço também é justificado em seu site, como consequência de grandes quantias investidas em pesquisas, novas tecnologias e componentes sofisticados.

Depois de ver seu bebê ainda na maternidade e o marido, pela primeira vez na vida, Kathy quer ter essa experiência para sempre. Para isso, a irmã dela, Yvonne Félix, também cega, lançou uma campanha para que ela e outros deficientes visuais consigam usar o óculos pelos próximos anos. Saiba mais no site da campanha @MakeBlindnessHistory.

* Matéria com informações retiradas do site do Jornal O Povo e do blog do Dr. Irigaray (acesse aqui)

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