Garotinho sentado em um carrinho de criança, sorri e segura uma flor acima da cabeça.

Vamos ajudar o Rafinha!

14/09/2018 Deficiência Física, Histórias de vida, Notícias 0

Ao fazer o exame de ultrassom, quando estava grávida de 18 semanas, Geisy Fabris soube que a criança tão esperada tinha uma série de problemas de má formação. Alguns médicos disseram que o bebê não teria chances de sobrevivência e até lhe recomendaram um aborto. Mais tarde, seu filho receberia o diagnóstico de OEIS Complex, doença extremamente rara que engloba diversas complicações.

— A gente tem fé — disse Geisy.

— Não adianta ter fé. É um feto morto — respondeu-lhe uma especialista. Mas — isto a mãe observou — o coração batia. Geisy resolveu ir adiante e lutar pela vida do filho.

Rafinha nasceu em Londrina na 34ª semana de gestação. Tinha o abdômen e a coluna abertos, com os órgãos expostos, sem ânus e sem genitália. Foi preciso esperar 45 dias para determinar o sexo da criança, através de um exame de DNA. Era um menino, cromossomos XY. Até então ele era apenas chamado RN Geisy Fabris. Disseram-lhe que a reconstituição da genitália, no caso de ser menina, seria muito mais simples. “Se quiséssemos registrar como menina, o segredo ia morrer ali. Mas isso seria contra a vontade de Deus — se era um menino, então seria criado como menino, mesmo com todas as dificuldades.” Geisy e o marido escolheram para a criança o nome de Rafael — que significa “curado por Deus”.

Em poucos meses, a família de Rafinha venceu dois males de nosso tempo: o aborto e a ideologia de gênero. Ali o bem mais precioso era a vida, não a morte; era a verdade, não a mentira; era o amor, não a conveniência.

O bebê que muitos diziam não passar das primeiras 24 horas contrariou todos os prognósticos pessimistas, enfrentou batalhas dificílimas — internações e cirurgias —, recebeu a ajuda de médicos devotados (como o dr. Arnildo Linck Junior) e se tornou um menininho alegre, amoroso e cativante.

Há alguns meses, a mãe de Rafinha soube que no famoso Hospital Johns Hopkins, em Baltimore (EUA), há um médico pesquisando exatamente a doença chamada OEIS Complex. O objetivo da família hoje é levar o Rafinha para os Estados Unidos, a fim de que ele possa ser consultado e realizar a cirurgia para reconstituição da genitália, o que lhe daria uma qualidade de vida incalculavelmente maior. “Nós só queremos que ele seja um homem feliz”, diz a mãe.

Mas, para ir até Baltimore, a família do Rafinha precisa de recursos. Por isso, hoje à noite será realizado no Londrina Country Club um jantar beneficente em prol do Rafinha, com leilão de camisetas assinadas por ídolos do esporte como o Rei Pelé, o craque Neymar e o nosso capitão Germano. Sim, os astros da bola se sensibilizaram com a história do menino-guerreiro (NOTA: este texto foi escrito em 2017).

Em 1936, a então diretora do Colégio Mãe de Deus, Ir. Norberta Schulte, escreveu de punho próprio 800 cartas — isso mesmo, 800! — pedindo ajuda para a construção do prédio do colégio. As respostas foram poucas, mas por fim um empresário de Curitiba se sensibilizou e ajudou as irmãs. Este cronista tem apenas sete leitores, mas pede a Deus que todos eles — e mais alguns — ajudem o Rafinha. Seria um presente de Natal inesquecível para essa família de heróis.

* Matéria de Paulo Briguet, do site Folha de Londrina, aqui. Você tem mais informações aqui.
** A foto é de arquivo pessoal da família

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