18 de Junho – Dia do Orgulho Autista

17/06/2017 Autismo, Deficiência Intelectual, Notícias 0

Pessoas com deficiência são a maior minoria do mundo. Segundo a OMS, com dados de 2011, 1 bilhão de pessoas vivem com alguma deficiência – isso significa uma em cada sete pessoas no mundo (visto aqui). Dentre as pessoas com deficiência estão os autistas, que no Brasil passaram a fazer parte desse grupo em 2012 – e, portanto, fora das estatísticas nacionais já que o último censo aconteceu em 2010.

Os autistas e suas famílias ainda têm pouco a se orgulhar no que diz respeito à inclusão e aos serviços de saúde e educação. Mas nesse texto vamos falar da palavra orgulho sob outro ponto de vista.

Vamos nos referir ao orgulho como antônimo de vergonha. E nesse sentido eu tenho ORGULHO de ter filhos, alunos e amigos autistas. Essas pessoas convivem diariamente com a falta de compreensão e respeito da sociedade.

Imagine-se rodeado de pessoas que não compreendem sua falta de habilidade para se comunicar e que desprezam sua presença. Imagine-se incomodado com barulho, cheiro, frio, fome, sede, dor e não saber externar esse sentimento. Imaginou? É como chegar num país e não saber falar uma palavra da língua usada lá, mas você vai dar um jeito (usando dicionário, aplicativos, intérprete), mas se não conseguir utilizar nenhuma dessas estratégias será um caos pra você.

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Autistas superam-se todos os dias. São guerreiros. E devem ter orgulho disso. Orgulho de ser como são, sem se importar com a pressão que sofrem para se enquadrar num padrão que a sociedade escolheu como “normal”.

Autistas são antes de tudo, PESSOAS: têm qualidades, habilidades, dificuldades, amam, sofrem, riem, choram, têm suas peculiaridades.

E o dia 18 de junho serve para mostrar à sociedade o jeito que são e que se forem estimulados, aceitos e compreendidos, podem estudar, trabalhar, conviver em sociedade e resgatar anos de exclusão a que foram submetidos.

A família tem papel importantíssimo nesse ponto. Como? Encarando as terapias e demais intervenções não como uma forma de cura (ou, para ser mais atual, “para que saia do espectro”), mas como uma ajuda para seu potencial ser alcançado. Devem também amá-los do jeito que são, estimulando a autoestima e autoconfiança. A inclusão começa em casa.

E a sociedade? Espero, do fundo do meu coração, que enxerguem a beleza do ser humano e sua diversidade.

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